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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Dilma diz à CNN ter certeza que não houve dinheiro de suborno em sua campanha




A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao canal em espanhol da emissora CNN ter certeza de que não houve dinheiro desviado de corrupção em sua campanha presidencial, e reiterou que as contas de sua candidatura foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Eu tenho absoluta certeza que a minha campanha não tem dinheiro de suborno", disse Dilma na entrevista realizada no Palácio do Planalto esta semana, que teve trechos divulgados na noite de quarta-feira pela emisssora norte-americana.
"Isso não quer dizer que eu me coloque acima de ninguém. Qualquer brasileiro, cidadão ou cidadã, ele deve prestar contas do que faz. Eu prestei para o Tribunal Superior Eleitoral, entreguei as minhas contas, e elas foram auditadas e foram aprovadas", acrescentou.
Dilma disse que se for confirmado que dinheiro de suborno chegou a alguém, "essa pessoa tem que ser responsabilizada, é assim que deve ser".
Em depoimento à CPI da Petrobras no mês passado, o ex-gerente-executivo da diretoria de serviços da estatal Pedro Barusco, um dos operadores do esquema de corrupção na empresa, relatou que houve pedido de "patrocínio" à fornecedora de sondas da Petrobras SBM Offshore para a campanha presidencial de 2010, quando Dilma foi eleita.
No entanto, Barusco afirmou não saber se os valores repassados foram diretamente direcionados para a campanha eleitoral.
Segundo o ex-gerente, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça, o PT, partido da presidente, teria recebido de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina como parte do esquema de corrupção descoberto pela operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Ainda de acordo com Barusco, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, gerenciava o recebimento de propinas para o partido no sistema que envolveu a petroleira, empreiteiras e políticos.
Vaccari e o PT negam as acusações. O tesoureiro, que prestará depoimento à CPI da Petrobras nesta quinta-feira, responde a processo sob acusação de receber doações para o PT oriundas de propinas pagas por empreiteiras para a obtenção de contratos com a Petrobras.
Dilma não está entre os investigados no âmbito da operação Lava Jato.
Na entrevista à CNN, a presidente voltou a defender a atuação do governo em resposta ao escândalo bilionário de corrupção na estatal, reiterando que as fraudes foram descobertas em investigações da Polícia Federal.
"Nós descobrimos porque a Polícia Federal e o Ministério Público Federal descobriram, prenderam, doleiros", disse. "Quando se prendeu esses doleiros, se descobriu que um desses doleiros tinha ligação com um diretor da Petrobras, e ai é que foi puxado todo o novelo da corrupção feita por funcionários da Petrobras."
Três ex-diretores da estatal (Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque), já são réus no processo iniciado pela Lava Jato, além de Vaccari, executivos de empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras e o doleiro Alberto Yousseff, acusado de ser um dos operadores do esquema.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, depõe nesta quinta-feira na CPI da Petrobras.



Vaccari afirmou á CPI que nunca tratou das finanças do PT com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, tampouco com o ex-diretor Renato Duque ou com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco.

Questionado pelo relator, o deputado Luiz Sérgio, Vaccari disse que teve contato com alguns executivos de empresas investigadas na Operação Lava Jato. “Como tesoureiro, é comum que façamos visitas a empresas na busca de captação de recursos para atividades partidárias”, afirmou.

Vaccari começou seu depoimento fazendo uma comparação entre os valores doados pelas empresas investigadas na Operação Lava Jato para diferentes partidos.

A intenção do tesoureiro é mostrar que as doações recebidas pelo PT são equivalentes às recebidas por PMDB e PSDB. “Embora os partidos tenham características diferentes, a equivalência de arrecadação se mantém”, afirmou. O tesoureiro levou à CPI gráficos que mostram as doações recebidas pelos principais partidos do país.

João Vaccari Neto afirmou ainda que todas as doações recebidas pelo PT são declaradas à Justiça Eleitoral. “Todas as doações que recebemos são através de transações bancárias com a emissão de recibos, e são contabilizadas e declaradas à Justiça Eleitoral”, afirmou.

Vaccari começou seu depoimento fazendo uma comparação entre os valores doados pelas empresas investigadas na Operação Lava Jato para diferentes partidos.
Vaccari começou seu depoimento fazendo uma comparação entre os valores doados pelas empresas investigadas na Operação Lava Jato para diferentes partidos.

Questionado pelo relator sobre a existência de Caixa 2, Vaccari reafirmou que, de 2010, quando ele se tornou tesoureiro do partido, as doações são todas declaradas.

A sessão da CPI que ouve o tesoureiro do PT começou por volta das 10h e seu depoimento teve início por volta das 11h.

A entrada de Vaccari na sessão foi tumultuada. Assim que o tesoureiro chegou, uma caixa de ratos foi solta na sala, gerando confusão. De acordo com a Folha de S.Paulo, a ação foi orquestrada pela oposição.

O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), determinou que a polícia legislativa identifique os responsáveis pelo ato. Deputados governistas acusaram a oposição de tentar tranformar a CPI num "circo".

O tesoureiro presta depoimento na condição de acusado, e não como testemunha. Com isso, ele poderia permanecer calado durante a sessão, mas até agora responde às questões feitas pelo relator.

Segundo o Ministério Público Federal, o tesoureiro do PT tinha conhecimento da origem ilícita das doações ao partido feitas por empreiteiras ligadas ao esquema de corrupção.

Vaccari e o PT negam as acusações. O partido tem afirmado que todas as doações que recebe são legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.